segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Quarteto Fantástico e o Mestre que inspira nossos corações!

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Pequenos Gestos

Quando se age com mais atenção ao outro, algo de bom acontece com a gente mesmo

Imagine que você está só numa terra estranha, não domina a língua do lugar, perdeu suas coisas, está sem dinheiro e à beira do desespero quando, inesperadamente, uma pessoa desconhecida se dispõe a ajudar desinteressadamente e reaviva sua confiança na bondade humana. Esse é o tema de uma série de relatos reunidos no livro The Kindness of Strangers (algo como “A bondade de estranhos”), ainda não editado no Brasil. O curioso é que todos os depoimentos do livro falam da surpresa em perceber que ainda há a prática dessa virtude num mundo em que todos os dias surgem fortes exemplos de seu contrário, como a grosseria e o desprezo.Gentileza é uma virtude que seria inerente ao próprio ser humano, mas que se perde no dia-a-dia. Daí a surpresa.

Nesses dias, demonstrar amabilidade com estranhos parecerá uma excentricidade, pois tornou-se normal agir com o coração endurecido, evitar envolvimento, passar adiante. Alguém já disse que a gentileza que acaba recebendo maiores recompensas é justamente aquela que se faz sem intenção de receber recompensa alguma. Ainda que seja um ato espontâneo e desinteressado, a gentileza traz efeitos benéficos para quem a pratica. Talvez haja estudos de psicologia provando isso. Mas não é preciso recorrer a eles para perceber que, quando se age com mais atenção ao outro, algo de bom acontece com a gente mesmo. Senti isso na pele ao praticar com atenção pequenos gestos cotidianos, que talvez nem sejam gentileza em si, mas apenas uma espécie de bom comportamento que vai se perdendo em nossas vidas, como dar passagem a um outro motorista no trânsito, desejar um bom dia sincero, deixar que aquela pessoa mais apressada tome o lugar na fila. Não há nada de excepcional aí, mas é notável como isso nos deixa melhores – principalmente para alguém que, como eu, já disputou selvagemente uma vaga de estacionamento ou quase explodiu por causa de um lugar na fila. O desafio é não ser tragado pela falsa urgência que nos torna desatentos a essas pequenas coisas.


Existe um prêmio para atitudes desse tipo que apresentam alcance um pouco mais amplo. É o “Gentileza Urbana”, criado pelo Instituto dos Arquitetos de Minas Gerais, que escolhe e premia ações como a de um senhor que, por iniciativa própria, e sem ganhar 1 centavo por isso, varre as ladeiras de Ouro Preto durante a madrugada; o músico que, ao entardecer, da janela de seu apartamento, espalha melodia pela vizinhança; os lixeiros que trabalham cantando; a vovó que conta histórias, não só para seus netinhos, mas para todos que queiram ouvi-la. O interessante é como os organizadores definem essas gentilezas.Antes de mais nada, não são obras de caridade, como o jantar beneficente ou a campanha do agasalho.Nem mesmo são atos de educação e civilidade, como ceder o lugar ao idoso e obedecer à fila. “A gentileza não espera reconhecimento, não paga culpa e não faz obrigação. A gentileza surpreende e afaga”, explicam. Às vezes é exatamente isso que nos falta, surpreender e afagar sem esperar nada em troca.

Por Caco de Paula, publicado originalmente na Revista Vida Simples.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Do you looked for the sky today?

Você já olhou para o céu hoje?
Que lindo dia ensolarado, sinto calor da vida e a brisa do vento tocando-me.
Tô feliz!!!
Feliz por desfrutar desse milagre da natureza e sorrir para o brilho do Sol.
Obrigada Deus Criador, por me presentear com esse grande milagre da vida.
Olhe para o céu e sorria!

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Sublime

Você é o meu presente
Que já está no meu futuro
Dói-me quando está ausente
Mas sempre te encontro no meu casulo

Teus olhos expressam a beleza do seu coração
Beleza que se revela intensa,
Que quando te vejo
Percebo a grandeza do amor no meu coração

Estar com você
Faz-me sentir a intensidade dessa paixão
Que quando somos nós
Meu mundo existe com toda emoção

Ouvir tua voz
Traz-me uma alegria estonteante
Que suas palavras
Brotam em mim uma completude emocionante

A verdade no amor que encontrei em você
Gerou convicção no meu coração que quero te ter.

(Larissa Silva)

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Primavera

"Quando entrar setembro e a boa nova andar nos campos, quero ver brotar o perdão onde a gente plantou, juntos outra vez.
Já sonhamos juntos semeando as canções no vento, quero ver crescer nossa voz no que falta sonhar.
Já choramos muito, muitos se perderam no caminho, mesmo assim não custa inventar uma nova canção que venha nos trazer, Sol de primavera abre as janelas do meu peito, a lição sabemos de cor só nos resta aprender". (Beto Guedes)

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

A Volta do Filho Pródigo

Que maravilhoso livro!!!
Acabei de ler o livro “A volta do filho pródigo” de Henry Nouwen, com certeza um dos melhores livro que já li e provavelmente um dos melhores dos que vou ler. Que riqueza nas palavras, que modo sublime de colocar a relação de Deus com o homem. É fantástico, parece que Newoen tem uma visão tão clara e precisa dessa relação Pai (Deus) e filho (homem), que a medida que eu estava lendo, eu fui me enxergando nos papéis que transitam na história. É como se Newoen através do livro fosse nomeando quem sou, o que sinto e para onde vou. Como esse autor pôde extrair de uma pintura, tanta verdade, e colocar numa escrita com tamanha beleza, humanidade e realidade. Esse livro me marcou, de forma a me fazer enxergar um novo caminho e me despertar para segui-lo.
(Larissa Silva)

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Cotidiano

"...Todo dia eu só penso
Em poder parar
Meio-dia eu só penso
Em dizer não
Depois penso na vida
Prá levar
E me calo com a boca
De feijão..." (Chico Buarque)

Estou assim com o Cotidiano, pensando em poder parar, mas como diz Chico: "...depois penso na vida para levar e me calo com a boca de feijão..."
Durante a semana: faculdade, trabalho e mais as atribuições da vida e no fds: estágio, supervisão de estágio e trabalhos... ai ai ai, estou me tornando psicóloga mesmo... e ficando "doidinha"...

No sábado pela manhã faço supervisão do meu estágio, a tarde trabalho com um grupo terapêutico numa casa de ex-dependentes químicos e agora aos domingos estou com um projeto de orientação vocacional para adolescentes...ufaaa.
Ah tá, sim quando dá tempo, eu durmo das 23:59hs às 06:00hs (por enquanto) rsrs.

Mas, amo muito tudo issooooooo!!!


(Larissa Silva)

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Sobre o Cuidar

Existem pessoas que tem um dom, que particularmente considero especial, nobre, que é o de cuidar de pessoas, se doar para ajudar o outro. Dentre essas pessoas estão profissionais, religiosos, voluntários, enfim, um emaranhado de pessoas de diferentes estilo e personalidade que tem em si impresso, a capacidade de cuidar. Essa capacidade de cuidar, em sua maioria, está intimamente ligada ao prazer que se tem no cuidado do outro, visto que esse prazer pode ser derivado de diversas experiências. Como da pessoa que têm necessidade de se sentir útil, da alegria de contribuir para a felicidade alheia, em se anular por não aceitar quem se é e tem no outro sua vida ou de servir o próximo de coração.
O homem está aqui no interesse das outras pessoas acima de tudo, daqueles de cujo sorriso e bem estar depende a nossa própria felicidade, bem como das incontáveis almas desconhecidas, cujo destino estamos ligados por um vínculo de solidariedade”. (EINSTEIN, A.)
Penso que a solidariedade tem a ver com o sentido na vida de todo ser humano, como Einstein, percebo que é possível encontrar a felicidade através desse tipo de vínculo. Mas, e quando se faz desse cuidado uma fonte de satisfação narcísica. Sendo que por um egoísmo íngreme, apropriado neste narcisismo, o indivíduo ajuda o outro numa busca de satisfação ao se colocar no lugar daquele que detém o poder, que está acima do sofrimento alheio ao ponto de poder ter ferramentas para aliviar sua dor. Ter seu prazer localizado não somente no cuidar, mas no cuidar enquanto esse o coloca como fonte de cuidado, logo fonte de poder. E ao se perceber como fonte de cuidado, se vê remetido como aquele que “têm”, e infelizmente se coloca num lugar de fonte de dependência. Esse indivíduo para servir o próximo, tem a necessidade de fazer com que esse o outro se torne dependente de seu “amor”, de sua “solidariedade”. Assim prefere dar o peixe a quem tem fome, ao invés de dar a vara e ensiná-lo a pescar. Claro, porque quem tem vara e sabe pescar, não precisa do peixe “doado” para se alimentar.
Então, como esse indivíduo “fonte de cuidado” terá prazer advindo da falta que o outro têm, fica assim mais satisfatório para esse ego narcisista manter o outro dependente de suas ações. Essa dependência acontece de forma tão sutil, colocando o outro de forma inconsciente numa dívida emocional impregnada no seu viver, que quem recebe a ajuda fica condicionado a retribuir ainda que emocionalmente ao que lhe fez o bem. E ainda mantém sua impotência para aquele que o serviu sustentando esse vínculo e se colocando no lugar daquele que tem que se sentir grato pela “presteza” recebida. Acredito que quando temos preocupação em servir a humanidade, pode-se fazer do servir o próximo uma ação que pode ser multiplicadora da solidariedade. Deixa-se o lugar de fonte de cuidado e assume-se a posição de facilitador, posso então apenar facilitar que o outro encontre a ajuda que precisa. Assim não se busca gerar a dependência, mas sim despertar no outro a percepção de que, todo ser humano tem algo a oferecer a alguém, que os papéis se movimentam, se hoje está sendo servido, amanhã pode-se servir e fazer da solidariedade uma “real” corrente do bem. Mas como é difícil abrir mão do gozo de ser o cuidador que detêm o poder do serviço e da satisfação alheia, para ser apenas um facilitador da ajuda ao próximo, e ter suas ações acontecendo sem confetes e aplausos.
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(Larissa Silva)

domingo, 16 de março de 2008

Entre você e Deus!


“O bem que você faz hoje pode ser esquecido amanhã; Faça o bem assim mesmo.
Dê ao mundo o melhor de você, mas isso pode nunca ser o bastante;
Dê o melhor de você assim mesmo.
Veja você que, no final das contas isto é entre você e Deus.
Nunca foi entre você e as outras pessoas”.
( Madre Teresa de Calcutá)


Que profundidade há nas palavras dessa grande mulher... Sabe, muitas vezes nos perguntamos como podemos demonstrar a Deus que o amamos, e Jesus JÁ NOS ENSINOU que aquele que ama a Deus deve então amar o próximo como a si mesmo.
Como é esse amor?
Para mim, amar tem a ver com entregar-se, dedicar-se, acreditar, estar presente, ouvir, servir, dar, compreender, entender, andar junto, compartilhar, inspirar, motivar, recomeçar, perdoar, dar atenção, presentear, surpreender, alimentar, suprir, sorrir, acariciar, investir, elogiar, reconhecer... Dar a mão!
Percebo como ajudar o outro e de alguma forma tocar o coração dele com meus atos traz sentido a minha existência, logo fazer o que Jesus diz, não é só o ato de obediência, mas sim de amor a Deus e a minha vida, pois só encontro sentido para eu SER, quando existe um OUTRO que é COMIGO... e assim quando somos NÓS, a vida tem SIGNIFICADO.
(Larissa Silva)

quinta-feira, 13 de março de 2008

Amigos

Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos. Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles.

A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor, eis que permite que o objeto dela se divida em outros afetos, enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade. E eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos! Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos e o quanto minha vida depende de suas existências...

A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem. Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida. Mas, porque não os procuro com assiduidade, não posso lhes dizer o quanto gosto deles. Eles não iriam acreditar.

Muitos deles estão lendo esta crônica e não sabem que estão incluídos na sagrada relação de meus amigos. Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não declare e não os procure. E às vezes, quando os procuro, noto que eles não tem noção de como me são necessários, de como são indispensáveis ao meu equilíbrio vital, porque eles fazem parte do mundo que eu, tremulamente, construí e se tornaram alicerces do meu encanto pela vida.

Se um deles morrer, eu ficarei torto para um lado. Se todos eles morrerem, eu desabo! Por isso é que, sem que eles saibam, eu rezo pela vida deles. E me envergonho, porque essa minha prece é, em síntese, dirigida ao meu bem estar. Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo.

Por vezes, mergulho em pensamentos sobre alguns deles. Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos, cai-me alguma lágrima por não estarem junto de mim, compartilhando daquele prazer...

Se alguma coisa me consome e me envelhece é que a roda furiosa da vida não me permite ter sempre ao meu lado, morando comigo, andando comigo, falando comigo, vivendo comigo, todos os meus amigos, e, principalmente os que só desconfiam ou talvez nunca vão saber que são meus amigos!

A gente não faz amigos, reconhece-os.

(atribuído a Vinícius de Moraes)

quarta-feira, 12 de março de 2008

Individualismo Hoje!

Quero pensar o comportamento contemporâneo a partir do individualismo na modernidade. É possível perceber como o homem moderno tem estabelecido a cada dia atitudes individualistas ante as relações sociais. Podemos notar como se encontra freqüente no cotidiano desse indivíduo um modo de se relacionar com o mundo que resulta no que chamamos de solidão moderna. Essa solidão está totalmente relacionada ao modo de existir onde se valoriza o eu, sendo que não está vinculada a ausência de interações sociais, mas sim a uma atitude de reserva e indiferença na rede de relacionamentos vivenciada pelo indivíduo.
Ao falar do solitário moderno, podemos apontar o homem metropolitano, um indivíduo que está sujeito a uma série de estímulos diariamente, e que para sobreviver psiquicamente precisa desenvolver uma atitude de reserva, de indiferença e recusa ao envolvimento emocional com o que lhe é externo. Assim desenvolve um isolamento psicológico e emocional no seu modo de viver.
Desta forma, podemos dizer que indivíduo moderno desenvolve-se dentro de um ambiente de relações individualizado, fazendo parte de um grande círculo social, redes de relacionamentos, mas sem vincular-se a algum grupo ou pessoa específico. De certa forma, ao manter-se independente das pessoas que se relaciona, busca nisso uma proteção à série de estímulos que recebe no cotidiano.
Porém, sabemos que a existência de um homem isolado é uma impossibilidade sociológica, pois os indivíduos só existem em decorrência de interações sociais, de ações sociais mútuas. Sendo assim, desenvolve-se uma característica nesse mundo que é o anonimato: o homem contemporâneo é uma pessoa que convive com outras pessoas, mas de forma indireta e impessoal. Pode-se citar o exemplo de Celso Castro, em seu artigo Homu Solitarius, que aponta como a vida em uma metrópole moderna, faz com que o indivíduo seja individualista, independente e isolado:
“...Acordar com o auxílio de um despertador, ler o jornal que foi deixado em sua porta, usar um carro para se locomover, ir ao supermercado e comprar comida já preparada, sacar dinheiro num caixa eletrônico e alugar uma fita de vídeo para assistir sozinho...” (1994, pág 77).
Esse indivíduo realizou algumas atividades básicas sem que houvesse interferência de outro. Um indivíduo que transita num mundo de contemporâneos, por isso foi possível essa independência. Tais atitudes refletem um pouco o estilo de vida individualista desse homem moderno. Sendo que esse pode ser desenvolvido ou transformado de acordo com os valores de cada ser humano. Pois a partir do momento que é possível enxergar o outro como parte da própria existência, e um indivíduo com quem é preciso se relacionar, é possível entender a necessidade que há em lutar para transformar um comportamento individualista para atitudes que valorizam as relações e enxergam a humanidade do próximo.
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(Larissa Silva)