quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Há ele, e a ele




Há ele em minha vida e a ele escrevo palavras minhas.
Esse que me faz escrever, me desperta a alegria, com desejo de querer ser sua companhia.
Não sei se ele percebe, se faz de propósito, se me reconhece, se vê minha fotografia.
Mas tão longe e tão perto afeta meu coração com a presença de sua canção.
Será que estou vivendo uma paixão ou alguma ilusão?
Ainda não consigo compreender, preciso olhar nos olhos dele para entender.
Desejo conhecer o que ele faz em mim e descobrir se provoco algum afeto nele.
Há momentos que ele parece querer, mas de repente faz sem perceber.
O que pensar de sentimentos que nascem de encontros com desencontros?
Qual o caminho de seu coração? Como tocar em sua emoção?
O que faz ele rir, chorar, alegrar, se apaixonar?
Como desvendar sua alma e revelar minha valsa?
A ele vou poetizar para o tentar encantar.
E quem sabe ele me tira para dançar...

(Larissa Silva)

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Liberdade



"Eu fui à Floresta porque queria viver livre. Eu queria viver profundamente, e sugar a própria essência da vida... expurgar tudo o que não fosse vida; e não, ao morrer, descobrir que não havia vivido".  (Henry David Thoreau)

As palavras de Thoreau me propõe reflexões sobre a liberdade e a essência da vida. A experiência de viver me impele a acreditar que desfrutar da liberdade está intimamente ligado a se descobrir como pessoa única e assim conhecer da essência do viver.
“Ir a floresta” me remete a decisão de se lançar na descoberta do que se é, reconhecer-se e assumir-se como ser humano, esse que é carregado de desejos, dúvidas, medos, paixões, saudades, fragilidades, fortalezas, alguém vulnerável e sensível a experiência de existir.
“Ir a floresta” tem a ver com a constante busca de perceber o que realmente me faz feliz, o que traz sentido a vida... um sábio amigo certa vez comentou que a melhor forma de descobrimos nossa vocação é fazendo, que ao fazer identificamos o que realmente gostamos e queremos. Tem a ver com essa capacidade de experimentar, conhecer... desfrutar de momentos, escolhas, contextos e pessoas, e nisso encontrar o que é para nós a essência da vida. 
É encontrar coragem para ser genuíno em viver sua própria verdade, coragem para trilhar o caminho com realidade, mergulhar no que traz significado ao coração. É lutar para conquistar o que tem como importante, descobrir seu equilíbrio nessa vida inconstante, como diz Kamau: “Eu vou buscar onde for, como for preciso, eu preciso encontrar...”.
E quando encontrar esse equilíbrio, perceber o que está em nós que não reflete vida, não se acostumar com o que é incomodo, tirar do caminho o que nos faz infeliz, ser inconformado com o que é apático, indiferente, dolorido, pesado e expurgar para o passado.
E viver profundamente, sempre abertos as transformações que nosso coração propõe, sem nos fechar em verdades sólidas, mas ir além de nossas convicções e enxergar em nossa caminhada a oportunidade de nos refazer, de descobrir novas paixões e nos apaixonar por novas descobertas.
Mergulhar no que move o coração e tira nossos pés do chão.

(Larissa Silva)