terça-feira, 9 de março de 2010

Sonhei

Sonhei, e de tão forte e real que foi o sonho que acreditei nele por muitos dias, semanas, meses. Ao acordar tive dúvida se era sonho ou pesadelo. Sabe sempre tive sonhos ou pesadelos, mas nunca sonho com pesadelo. É assim mesmo, um dia o que não existia passa a existir. E pela primeira vez meu sonho se tornou pesadelo. Durante tempos foi sonho e num certo dia percebi a ilusão que nele existia e o vi como pesadelo. O doce ficou amargo. O quente ficou frio. O dia se verteu em noite. O Sol transformou-se em neve. E a vida doeu no peito. Realidade despertou em desamor. Assim, foi um sonho que se estendeu, iludiu, creu, desejou, desfrutou, amou e acabou. Parece uma bolha de sabão que estourou e evaporou. Foi assim. Acordei e ainda bem que era só um pesadelo. Agora posso sonhar novamente, outros sonhos, torcendo para que não se torne pesadelo, que o príncipe não se torne sapo, mas sim que o patinho feio se torne um belo cisne.

Larissa Silva

quarta-feira, 3 de março de 2010

Você que não existe, mas persiste!


Estou só. Agora estou só para estar com você. Pois hoje você está dentro de mim. Noutro tempo você estava dentro de mim e comigo, estava presente por dentro e por fora. Mas agora que foi embora, só ficou sua presença intrínseca em minha vida. Te amei, me entreguei, te desejei, me dei. Mas mostrou-me que teu amor era uma ilusão, que o homem por quem me apaixonei era apenas uma idealização. Você não existia como me dizia, mas cegou-me com tua falsa paixão. Agora fico aqui com a saudade do que não existiu e com a tristeza de um amor que iludiu. Me envergonho de ainda te querer. Não posso mostrar meu desejo de você aos que estão comigo. Para estar com sua presença que habita em mim, preciso ficar só, assim sinto você aqui sem medo de me abrir para te ver, pois só eu me vejo nua de mim.Não me permito mais te amar, como se no meu coração pudesse mandar. Escrevo para me despir e assim tentar me despedir.
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Larissa Silva

segunda-feira, 1 de março de 2010

Como Borboleta!

“Você me lembra uma borboleta. Uma borboleta é uma coisa esquisita. É uma coisa que você pode se aproximar bastante, por assim dizer como um amigo novo, mas justamente quando consegue estar junto dela e fazer-lhe festas ou aproxima-la de você e olha-la, ela voa para longe. É nesse sentido que você me lembra uma borboleta, algo que deveria ser belo e visto de perto, mas de que não podemos aproximar o necessário”.

Extraído do livro Grupos de Encontro de Carl Rogers.