quarta-feira, 30 de abril de 2014

Amor em Momentos de Descuido


“Felicidade se acha é em horinhas de descuido”. (Guimarães Rosa)

Olhos com brilho intenso, sorriso largo no rosto e a alegria de viver que toma o coração, a vida parece ter mais sentido e quando se percebe o amor está ali nascendo num momento de descuido do coração.
Clima de delicadeza e desejo emanam no ar, difícil impor algum limite racional, não se sabe como começa ou termina, simplesmente acontece.
Mas derepente descobre-se que a vida se encarregou de colocar limites. Que esse sentimento que é sutil e intenso deve ser sublimado, não pode transcender as barreiras da fantasia.
O que fazer com esse amor que acontece no olhar, essa paixão que impulsiona gestos de beleza, palavras que são ditas no silêncio?
São sorrisos que se entendem, mas lábios que não se tocam. Encontros que se dão em invenções cotidianas. Enganam-se achando que tem o controle e que a proximidade faz parte da rotina da vida.
Difícil reconhecer que o descuido do coração tomou conta da razão.
Mas é tanta beleza que negar é uma tortura para alma.  Melhor não pensar, melhor não entender, melhor não sentir (fingir que não sente?).
Tempos que se desencontram e a vida trazendo questões sem respostas. Quantos amores se deixam e vivem solitários por contextos que se colocam maiores que a grandeza da paixão?
É doído porque é proibido, mas é maior que a pessoa, está dado dentro de si, aparente no rosto e a escolha de como viver o amor é o que há. E para ela amar o amor é sempre a melhor maneira...

"Qualquer maneira de amor vale à pena, qualquer maneira de amor vale amar
Eles partiram por outros assuntos, muitos, mas no meu canto estarão sempre juntos, muito. Eles se amam de qualquer maneira, à vera, eles se amam é prá vida inteira, à vera..." 

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Amantes



Nesse simbólico dia dos amantes, eu desejo que o amor sinta-se amado onde estiver. Esse que é grande, esse que fez me encontrar e me perder. Que ele tenha a mesma certeza que há no meu coração, que o amor acontece independente de cultura, religião, tempo, distância, diferenças e permanece a despeito disso também...  vive pela força e beleza que traz, carrega a certeza de que quando se ama todas as loucuras tem sentido e de que a saudade é uma presença permanente. Meu querido, nosso amor é para sempre e aproxima nossos corações enquanto que a vida nos distancia e nos dá caminhos diferentes e tão distantes. O amor, ah o verdadeiro amor é para sempre e sou feliz por tê-lo encontrado, o meu maior presente e a minha maior saudade! 

In this symbolic day of lovers, I wish that the love feels loved wherever it is. The love is big and made me find and lose myself. I hope he has the same certainty that I have in my heart, that love is possible even though the difference of culture, religion, distance...The love lives by the strength and beauty that it brings, it carries certain that when you love someone, all the craziness has meaning and the lack of your presence is permanent. My dear, our love is forever and our hearts are near, while the life puts us in different ways and too far. 
Love, the true love is forever and I'm glad to have found it, my greatest gift and my greatest memory!

segunda-feira, 18 de março de 2013

Porque é amor


É um amor maior. Um amor que ama, mas não se ama. Sofre porque é inteiro,  entregue.  Quer dar mais do que pode e receber mais do que consegue. Quer acreditar que existe para ser feliz, apesar de tanto doer. Toma o coração, bagunça os pensamentos, rouba a razão.

O amor que quer dar certo, mesmo quando tudo está errado. Quer resistir, mesmo quando sua dor persisti. Quer ser senhor de si e lutar, quando sua beleza talvez esteja em renunciar. Ama tanto quanto sofre, sofre tanto quanto ama. E o é assim, porque é amor.

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quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Delicadeza



Há uma delicadeza nas palavras.
A doçura vinda do coração de um homem bruto.
Ela emociona com ele tão dela.
Essa riqueza de afetos, essa pobreza de possibilidades.

domingo, 18 de março de 2012

Tempo!



Tempo que há tempo está sem tempo
Corre, percorre, discorre
Vive, desiste, persiste.

O tempo que em tempo está a tempo
Presente, nem sempre paciente
Será futuro e no passado já está ausente.

Tempo que insiste em ter tempo
Quando se tem pressa é lento
        E rápido quando o queremos sonolento.            

Quero mais do tempo
Mas vivo sem tempo
Apesar da vida só existir com o tempo.

(Larissa Silva)

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Há ele, e a ele




Há ele em minha vida e a ele escrevo palavras minhas.
Esse que me faz escrever, me desperta a alegria, com desejo de querer ser sua companhia.
Não sei se ele percebe, se faz de propósito, se me reconhece, se vê minha fotografia.
Mas tão longe e tão perto afeta meu coração com a presença de sua canção.
Será que estou vivendo uma paixão ou alguma ilusão?
Ainda não consigo compreender, preciso olhar nos olhos dele para entender.
Desejo conhecer o que ele faz em mim e descobrir se provoco algum afeto nele.
Há momentos que ele parece querer, mas de repente faz sem perceber.
O que pensar de sentimentos que nascem de encontros com desencontros?
Qual o caminho de seu coração? Como tocar em sua emoção?
O que faz ele rir, chorar, alegrar, se apaixonar?
Como desvendar sua alma e revelar minha valsa?
A ele vou poetizar para o tentar encantar.
E quem sabe ele me tira para dançar...

(Larissa Silva)

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Liberdade



"Eu fui à Floresta porque queria viver livre. Eu queria viver profundamente, e sugar a própria essência da vida... expurgar tudo o que não fosse vida; e não, ao morrer, descobrir que não havia vivido".  (Henry David Thoreau)

As palavras de Thoreau me propõe reflexões sobre a liberdade e a essência da vida. A experiência de viver me impele a acreditar que desfrutar da liberdade está intimamente ligado a se descobrir como pessoa única e assim conhecer da essência do viver.
“Ir a floresta” me remete a decisão de se lançar na descoberta do que se é, reconhecer-se e assumir-se como ser humano, esse que é carregado de desejos, dúvidas, medos, paixões, saudades, fragilidades, fortalezas, alguém vulnerável e sensível a experiência de existir.
“Ir a floresta” tem a ver com a constante busca de perceber o que realmente me faz feliz, o que traz sentido a vida... um sábio amigo certa vez comentou que a melhor forma de descobrimos nossa vocação é fazendo, que ao fazer identificamos o que realmente gostamos e queremos. Tem a ver com essa capacidade de experimentar, conhecer... desfrutar de momentos, escolhas, contextos e pessoas, e nisso encontrar o que é para nós a essência da vida. 
É encontrar coragem para ser genuíno em viver sua própria verdade, coragem para trilhar o caminho com realidade, mergulhar no que traz significado ao coração. É lutar para conquistar o que tem como importante, descobrir seu equilíbrio nessa vida inconstante, como diz Kamau: “Eu vou buscar onde for, como for preciso, eu preciso encontrar...”.
E quando encontrar esse equilíbrio, perceber o que está em nós que não reflete vida, não se acostumar com o que é incomodo, tirar do caminho o que nos faz infeliz, ser inconformado com o que é apático, indiferente, dolorido, pesado e expurgar para o passado.
E viver profundamente, sempre abertos as transformações que nosso coração propõe, sem nos fechar em verdades sólidas, mas ir além de nossas convicções e enxergar em nossa caminhada a oportunidade de nos refazer, de descobrir novas paixões e nos apaixonar por novas descobertas.
Mergulhar no que move o coração e tira nossos pés do chão.

(Larissa Silva)