“O homem está aqui no interesse das outras pessoas acima de tudo, daqueles de cujo sorriso e bem estar depende a nossa própria felicidade, bem como das incontáveis almas desconhecidas, cujo destino estamos ligados por um vínculo de solidariedade”. (EINSTEIN, A.)
Penso que a solidariedade tem a ver com o sentido na vida de todo ser humano, como Einstein, percebo que é possível encontrar a felicidade através desse tipo de vínculo. Mas, e quando se faz desse cuidado uma fonte de satisfação narcísica. Sendo que por um egoísmo íngreme, apropriado neste narcisismo, o indivíduo ajuda o outro numa busca de satisfação ao se colocar no lugar daquele que detém o poder, que está acima do sofrimento alheio ao ponto de poder ter ferramentas para aliviar sua dor. Ter seu prazer localizado não somente no cuidar, mas no cuidar enquanto esse o coloca como fonte de cuidado, logo fonte de poder. E ao se perceber como fonte de cuidado, se vê remetido como aquele que “têm”, e infelizmente se coloca num lugar de fonte de dependência. Esse indivíduo para servir o próximo, tem a necessidade de fazer com que esse o outro se torne dependente de seu “amor”, de sua “solidariedade”. Assim prefere dar o peixe a quem tem fome, ao invés de dar a vara e ensiná-lo a pescar. Claro, porque quem tem vara e sabe pescar, não precisa do peixe “doado” para se alimentar.
Então, como esse indivíduo “fonte de cuidado” terá prazer advindo da falta que o outro têm, fica assim mais satisfatório para esse ego narcisista manter o outro dependente de suas ações. Essa dependência acontece de forma tão sutil, colocando o outro de forma inconsciente numa dívida emocional impregnada no seu viver, que quem recebe a ajuda fica condicionado a retribuir ainda que emocionalmente ao que lhe fez o bem. E ainda mantém sua impotência para aquele que o serviu sustentando esse vínculo e se colocando no lugar daquele que tem que se sentir grato pela “presteza” recebida. Acredito que quando temos preocupação em servir a humanidade, pode-se fazer do servir o próximo uma ação que pode ser multiplicadora da solidariedade. Deixa-se o lugar de fonte de cuidado e assume-se a posição de facilitador, posso então apenar facilitar que o outro encontre a ajuda que precisa. Assim não se busca gerar a dependência, mas sim despertar no outro a percepção de que, todo ser humano tem algo a oferecer a alguém, que os papéis se movimentam, se hoje está sendo servido, amanhã pode-se servir e fazer da solidariedade uma “real” corrente do bem. Mas como é difícil abrir mão do gozo de ser o cuidador que detêm o poder do serviço e da satisfação alheia, para ser apenas um facilitador da ajuda ao próximo, e ter suas ações acontecendo sem confetes e aplausos.
Então, como esse indivíduo “fonte de cuidado” terá prazer advindo da falta que o outro têm, fica assim mais satisfatório para esse ego narcisista manter o outro dependente de suas ações. Essa dependência acontece de forma tão sutil, colocando o outro de forma inconsciente numa dívida emocional impregnada no seu viver, que quem recebe a ajuda fica condicionado a retribuir ainda que emocionalmente ao que lhe fez o bem. E ainda mantém sua impotência para aquele que o serviu sustentando esse vínculo e se colocando no lugar daquele que tem que se sentir grato pela “presteza” recebida. Acredito que quando temos preocupação em servir a humanidade, pode-se fazer do servir o próximo uma ação que pode ser multiplicadora da solidariedade. Deixa-se o lugar de fonte de cuidado e assume-se a posição de facilitador, posso então apenar facilitar que o outro encontre a ajuda que precisa. Assim não se busca gerar a dependência, mas sim despertar no outro a percepção de que, todo ser humano tem algo a oferecer a alguém, que os papéis se movimentam, se hoje está sendo servido, amanhã pode-se servir e fazer da solidariedade uma “real” corrente do bem. Mas como é difícil abrir mão do gozo de ser o cuidador que detêm o poder do serviço e da satisfação alheia, para ser apenas um facilitador da ajuda ao próximo, e ter suas ações acontecendo sem confetes e aplausos.
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(Larissa Silva)
(Larissa Silva)
Um comentário:
Puxa!como o homem é egoista, consegue transformar até algo bom para o outro em benefício próprio.
Muito bom o texto !
em tempos onde estou pensando muito em "empatia" o texto me acrescentou muito.
bjo.
Victor
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